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Apocalipse: e se Uber, Netflix e WhatsApp fossem todos regulados no Brasil?
stórias em quadrinhos de editoras como Marvel e DC possuem arcos com a trama se passando em um universo paralelo, que só existe por conta de certas decisões. E se o Capitão América virasse presidente dos Estados Unidos? E se a nave do pequeno Superman tivesse caído na Rússia? Isso dá asas à imaginação do escritor e faz o leitor imaginar cenários bem diferentes.
Levando em conta as mais recentes notícias de tecnologias envolvendo o Brasil (mais precisamente o app de transporte Uber, o mensageiro WhatsApp e os streamings da Netflix), o TecMundo resolveu fazer uma espécie de “E se...?”. E se as empresas de telecomunicação, sindicatos e operadoras conseguissem aprovação de leis e medidas provisórias para taxar e limitar serviços que hoje fazem tão bem à população? O quão pessimista seria esse cenário?
Lembre-se: o que faremos aqui é um grande exercício de imaginação. Apesar de todas as possibilidades serem baseadas em hipóteses reais, algumas até com chances bem altas de acontecerem, tudo não passa de especulação. Ao menos até agora.
O que temos hoje
Antes, você precisaria ir até a locadora, rezar para o filme estar disponível e pagar pelo aluguel de cada um. Hoje, você tem a Netflix. Até pouco tempo atrás, os créditos do celular voavam ou a conta estourava por conta de inúmeros torpedos SMS e ligações. Agora, é só fazer isso pelo WhatsApp. Pedir um táxi era quase sempre ser uma tarefa cansativa e demorada. O tempo passou e basta usar os aplicativos ou, se preferir, apelar para um motorista do Uber.
Em questão de poucos anos, o Brasil acompanhou o resto do mundo ao vivenciar uma revolução causada pela internet e, principalmente, pelos aplicativos para dispositivos móveis. Várias tarefas estão mais fáceis de serem feitas, relativamente mais baratas e, principalmente, mais acessíveis: basta um smartphone qualquer com 3G ou WiFi para ter acesso a tudo o que foi citado acima.
Porém, as novidades incomodaram empresas e organizações que, se não detinham um monopólio, estavam acomodadas com serviço de qualidade duvidosa e sem muita perspectiva de oferecer melhorias ao consumidor. A chegada de algo que pudesse superá-las e tirá-las dessa zona de conforto por um motivo ou outro despertou o medo (e a fúria) de alguns grupos. Claro: assegurar os próprios empregos não está errado, mas achar que a concorrência não é um sinal de que você também pode mudar é igualmente um erro.
Netflix: Zorra Total no catálogo e mensalidade lá no alto
São ao menos 2,5 milhões de assinantes da Netflix no país, segundo o Notícias da TV, superando receitas até de alguns dos canais abertos. As operadoras por assinatura também se preocupam, já que quem assina televisão a cabo só para filmes encontra no streaming uma alternativa mais barata e sem programação fixa.
A regulação apocalíptica da Netflix começa com o aumento de taxas sobre o serviço. Mesmo sendo estabelecida oficialmente nos Estados Unidos, a Netflix é fixada também no Brasil e, por isso, teria que pagar uma carga pesada de impostos (que, supostamente, seria maior do que a já paga pela companhia hoje). Entram na lista o Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), que cobra um alto valor por filme disponibilizado, e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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