Keith Rupert Murdoch é pouco conhecido do torcedor brasileiro, mas é um dos personagens mais famosos do mundo dos negócios. O empresário australiano é presidente da N*e*w*s Corporation, possui uma fortuna de bilhões e é a 13ª pessoa mais poderosa do mundo, de acordo com a revista Forbes. Além de tudo isso, o magnata da mídia pode ser considerado a mais nova pedra do sapato das Organizações G*l*o*b*o.
Recentemente a companhia de Mudoch anunciou o lançamento da F*o*x Sports no país e, de cara, já tirou a Copa Libertadores da América da S*p*o*r*t*v, principal braço esportivo da G*l*o*b*o na TV fechada. Com a chegada de um competidor tão forte, tudo indica que a luta pelos direitos de transmissão no futebol brasileiro e sul-americano será ainda mais acirrada.
O ano de 2011 foi marcado pela intensa disputa nos bastidores pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A concorrência entre a Rede G*l*o*b*o e a Rede R*e*c*o*r*d culminou no racha e quase extinção do Clube dos 13.
A briga pode ser encarada como apenas mais um capítulo do duelo entre as duas emissoras para transmitir eventos esportivos. Ainda neste ano, a R*e*c*o*r*d acusou a G*l*o*b*o de boicotar o Pan-Americano de Guadalajara e “piratear” imagens dos jogos em seus telejornais. A emissora carioca negou o caso, mas a disputa entre as duas empresas é aberta e tem sido marcada pela troca de acusações dos dois lados.
Mesmo com a vitória pelos direitos de transmissão do Brasileirão nos próximos anos, a G*l*o*b*o deve sentir um duro golpe em 2012, já que a R*e*c*o*r*d conquistou os direitos de transmissão da Olímpiada de Londres com a TV aberta.
Audiência diminui, mas esporte fica cada vez mais valioso
Recentemente o jornalista Ricardo Feltrin, da “F*o*l*h*a.com”, levantou dados que ressaltam bem a importância do esporte para a TV aberta no Brasil. Entre as informações mais relevantes está o fato de que o ibope das partidas do Campeonato Brasileiro na G*l*o*b*o caiu em torno de 20%, nos últimos dez anos na Grande São Paulo. A região é a mais importante economicamente do país e é usada para balizar investimentos em publicidade.
Qual a razão então da G*l*o*b*o decidir pagar tanto pelos direitos de transmissão do Brasileiro? Bem, a resposta é complexa, mas a receita obtida pela emissora carioca com futebol deixa claros os motivos. A projeção é que a G*l*o*b*o fature em 2012 cerca de R$ 2 bilhões apenas com o futebol. É uma receita gigantesca ainda mais levando-se em conta que existem outros produtos esportivos que tem tido altos índices de audiência, como o U*F*C.
Concorrência pesada na TV aberta e na TV fechada
Se na TV aberta a G*l*o*b*o enfrenta a dura concorrência da R*e*c*o*r*d, na TV fechada a briga promete ser ainda mais acirrada já que o S*p*o*r*t*v disputa mercado com a E*S*P*N Brasil e terá uma concorrente de peso com a chegada da F*o*x Sports.
Na grade do novo canal estão previstos 11 torneios de tênis, oito competições de velocidade e um pacote de lutas. Especula-se, inclusive, que o novo canal pode rivalizar com a S*p*o*r*t*v pelo U*F*C, já que apesar da emissora carioca deter os direitos de transmissão da marca na TV aberta e fechada, a F*o*x é a grande aliada comercial da franquia nos Estados Unidos.
Fonte: Yahoo Esportes